A sombra vã da vida, é meu archote
Tenho por caminho o estar parado
Escrevo poemas com um fantoche
Para esquecer a sombra do passado
Farto do descanso, ando cansado
E da vida que um dia me pariu
Desde novo, toda a gente me viu
Andar, p’las ruas da vida acossado
Nada me ilumina nesta existência
Sou pão de trigo com côdea de centeio
Poeta louco sou, ou louco e meio
Conforme é, a minha conveniência
Comigo me zango... e a paciência
Se esvai, pois sou um incompreendido
Resta-me a sombra da vida e o sentido
Que sou puro, na minha inocência!
Sou desenhador,pintor e poeta e, nas minhas poesias tento desenhar e pintar os meus pensamentos