O teu silêncio Me amarra à solidão! Reviso a alma em mim, mas tão sozinha! Enquanto reflicto na fronte absorta, uma única convicção: -“ Não perdi o amor!!!”
Como poderia?
Nunca sequer em ti o encontrei, E tu nunca foste deveras minha… É assim, que atordido oscilo por entre sentidos, Sem nunca distinguir ponta de esperança, Sem avistar indicios de alegria…
Teu silêncio, É assente algema que me prende A sonhos perdidos ao acordar… DESILUSÃO!!! Ventos sombrios Sopram as consentidas dores, Mas é o teu deliberado silêncio Que me vara como afiada lança Cada recesso do coração… Vê!!! Não é seiva O que vasa da ferida do amor, São sinais explicitos das tuas mentiras, Aquelas que foste infiltrando em cada interstício de mim…
Como pudeste?
E como poderia eu perder o teu amor? Se nunca deveras Em ti o encontrei, Se nunca deveras foste minha…