A hora é de revoada
Mas vôo sozinho
Num céu tão pequeno
Que nuvens são pós.
Eu não vejo nem sinto
Pois meu mundo vazio
É de pranto e de dor.
Meu horizonte se desfaz
E a solidão me acompanha
No meu vôo rasante,
Sem pressa,
Sem presa
E sem sonho.
A saudade não há
Já que a história não veio
Minhas asas se fecham,
O meu peito adormece
E eu me nego a voar
Pra essa fonte tão seca,
Pra esse espaço alheio.
Ziza Saygli