Fragmento todas as pedras, num pensamento inflexionado, mistura de caminhos devotos de mil ares. Maquilho o abismo onde moro, sem redes ou armadilhas tecidas.A luz é invisível aos demais!Cuidadosamente toco todas as feridas feitas lamentos, aura de razão alinhada. Penteio todas as cascatas que por ali passeiam, estranhos sons que me tocam a pele, num sussurro indelével a cada passo. Remo todas as águas fluídas, nascidas num precipicío sem quedas adjacentes ao meu caminhar todos os tons raiados de mil olhares, advindos de um qualquer reflexo inerente a cada som. Mistifico-me de orvalhos, cristalinos nos toques suaves que me deslizam as pedras. Sem formato aparente, escrevo cada palavra no sentido vertical, vértice de todas as odes que de mim brotam, num dolente silêncio que me alcança o céu. De cada nascente saem toques sublinhados de uma metafísica sem lados, onde adormeço todo o pensamento, razão fisíca de tudo sentir a meu lado.