Sou poeta: crio
No coração carrego esperança
Transformo-a em palavras, rio
choro novos e velhos sentimentos
vomito pensamentos
Desvendo tramas, desfio sonhos
crio histórias, desafios
Broto personagens, causo arrepios
da tragédia ao humor
do drama ao terror
Sou todos sem ser ninguém
Sou o que morre sem ter nascido
Lanço o inédito o não lido
Reinvento o que terá sido
Com texto atualizo
Uma antiga emoção
Torno de novo preciso
O que já foi vaguidão
Será válida minha poesia?
Prosperará minha intenção?
Plantarei esperança um dia
no coração de alguém?
Hoje dormirei em paz, bem sei
com a certeza de que, ao menos, tentei.
Cláudia Banegas