Passaste a vida inteira sempre trabalhando
Para o Senhor do Engenho, neste latifúndio
Hoje te despedes de tua vida, naufragando
Deixando a tua pobreza e saindo do mundo
Só ganhaste sete palmos desta terra fria
Pelo que trabalhaste durante toda a vida
Mas desta terra seca e boa o que querias
Era vê-la um dia que a todos fosse dividida
Não tens dinheiro, sequer para um caixão
Para ser enterrado, precisas do teu irmão
Que te ajude para que possa sair do mundo
Passaste até fome para enriquecer o patrão
Para teus filhos faltaram o leite e o pão
Uma cova rasa é o que te coube do latifúndio.
jm/Maringá, 04.07.09
verde
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