Esperei não me tornar ridícula enquanto aguardava por ti, vi a noite que se pousava devagar e ternamente, ansiando que me recordasse das tuas lembranças, das tuas palavras... enquanto que por esta mesma noite tu ainda te tardavas...
Baixinho por entre a alma, abri folhas já gastas.. páginas amarelas e secas onde me faço perder... onde te recordo agora, e te choro plo anoitecer.
Eu sei que sabes que hoje não precisamos de palavras para adivinhar que nos vamos tardar, porque ambos sabemos que eu estou prestes a ir, e tu longe de aqui ficar... por isso faço-me esqueçer por entre paredes que não nos queremos do mesmo jeito. Quero-te lento, por inteiro e real, enquanto tu me queres como protagonista de mais este teu amor desleal... Mas aceitei-te porque quis demasiado ser tua, dissimulada e nua!
Enquanto a noite se desvanece como o vento que leva a poeira dos nossos corpos, erguem-se os primeiros focos de luz de um novo dia, no fim de uma outra noite e tu... ves-me leve e tranquila desmaiar plo horizonte.