Escrevo este poema em memória de uma mulher que muito me ensinou, de seu nome Dora Cabrita. Foi ela que leu o meu primeiro poema e me inspirou a escrever.
Lembro olhar teu,
diferente de algum outro
que alguma vez nasceu,
és a vontade que tenho de deixar de estar morto.
Continuo a pensar em ti,
e mais uma folha preencho,
de caneta cansada só paro
quando um caderno preencho.
Sou um louco,
que salta do alto da torre,
só para mostrar o pouco
que me sinto assim quando se morre.
Morro por não me olhares,
e em palavras volto a acender a chama,
que um dia ardeu em milhares
de segundos que passamos com quem se ama.
Eu te amei,
e ainda te sinto,
eu não fui perfeito, eu sei,
e por ti nunca mais minto.
A menina bonita que invejas,
do meu tolo pensamento,
é a menina que despontas,
em cada meu pequeno pensamento.