Nada
Vim do nada, vou para o nada
Este nada, que é meu inerte vazio!
Sigo o caminho, vou até ao fim da estrada
Deixo aqui meu olhar de aço frio.
Deixo também uma viva saudade
Do nada que me aconteceu!
Na alma levo a ansiedade
Do vazio que a Vida me deu
A lembrança de nada lembrar
Do nada que acabei de viver
Na memória de quem?!Quem vai recordar?
Se nada fui e nada vou ser?!
Minha poesia talvez floresça como jardim
Será talvez um canto de despedida
Agora que já me abandono a mim
E a mim me abandona a Vida.
rosafogo
Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe