SILENCIO DAS NOITES
Sombras que fecham os caminhos
Inundado os olhos de escuridão
Leve brisa que sinto em minha pele
Escuto o grito mais ao fundo
No caminhar da carruagem
Cercado de silencio o meu silencio
Ignorado pelos meus passos em meio à noite
Onde estará o amanhecer dourado
Dando vida ao dia, expulsando
As trevas que caminham a meu lado
Silenciosamente me segurando
Noites em que caminho sem rumo
Onde me encontro solitário
Interrogado pelos momentos
Terras devastadas só o que vejo
Entre restos de pegadas solitárias
Saindo do nada e terminando
Sempre que olho para traz
Entre as poucas arvore teimosas
Manifestam alguns sons,
Falhos que me atormentam
Imagens que me confundem entre
Momentos de desespero....
Aparecido L. Ferreira