A janela do meu apartamento se abria
E parecida que o mundo ali entrava
Quanto mais gente na calçada passava
Mais ficava sabendo o que acontecia
O proletariado falava com aspereza
Das madames, se ouvia só vantagens
Que falavam de intermináveis viagens
De compras, onde gastavam a riqueza
Adolescentes falavam em namorados
Chegavam até cochichar seus pecados
E tudo ia se ouvindo por esta janela
O desenganado falava de sua sorte
Que logo chegaria o dia de sua morte
Lamentando por deixar esta vida bela.
jmd/Mringá, 30.07.09
verde