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Da janela

 
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A janela do meu apartamento se abria
E parecida que o mundo ali entrava
Quanto mais gente na calçada passava
Mais ficava sabendo o que acontecia

O proletariado falava com aspereza
Das madames, se ouvia só vantagens
Que falavam de intermináveis viagens
De compras, onde gastavam a riqueza

Adolescentes falavam em namorados
Chegavam até cochichar seus pecados
E tudo ia se ouvindo por esta janela

O desenganado falava de sua sorte
Que logo chegaria o dia de sua morte
Lamentando por deixar esta vida bela.

jmd/Mringá, 30.07.09



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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