No outro dia, olhei-me ao espelho,
não com o olhar costumeiro,
de quem corre contra o tempo que passa...
porque isso é um olhar sem graça,
um passar de olhos fugidio.
Olhei-me, como nunca ninguém me viu.
Olhos nos olhos, eu comigo,
vi tudo! Cada temporal, cada abrigo,
cada derrota, cada vitória,
que se escrevesse, dava uma história...
história de lágrimas, de sorrisos e coisas loucas!
Mas essas, são poucas,
ainda assim, até essas vi ao espelho.
Cresci de tamanho e cresci na idade, mas sem ficar velho.
Os brancos na cabeça, são do espelho baço!
Agora, sorri, admito! Não disfarço!
Aprendi a vida, aprendi a sorrir, mesmo triste!
E que por Amor, nunca se desiste!
Nem de viver!
Devemos ser assim, lutadores até morrer!
Até aprendi a ler!
Não ocupa lugar o saber...
por isso sei, que me olhei, com olhos de ver
recordei até, que aprendi a escrever,
que por vezes as Palavras, sei fazer dançar
e escrevo sem me cansar, escrevo por Amar!
Um Amar doce, Amar Louco!
Onde tudo sabe sempre a pouco!
Num simples olhar-me ao espelho, o que eu aprendi
e ainda estava ali,
mas aprendi tanto naquele pequeno momento,
que não quis perder mais tempo.
Sai a correr.
Esqueci foi de limpar o espelho baço.
Não volto atrás, prefiro escrever!
Andy