<p style="text-align: left;"><img src="http://api.ning.com/files/frolw-dWeEi ... TqR325fwi6nxWiGUtSXkbBXXY*dgTq6XQ7UCfMxdLtT/322293AQuedaempretoebranco.gif" alt="" width="668" height="507"/></p>
Hoje, estou cinza. Neutra, desfalecida.
Estou em um estado... em que me pesa o pensar!...
A minh’alma emudeceu... Meus dentes travaram!
Deito e não quero acordar...
Até as letras, fluem compassadas, negando-se a dar vida ao ofício.
Preguiçosamente, reticentes... Vão fluindo...
Como se brotassem de uma nascente entupida!
Ah! Ânimo para gritar!...
São tantos os pesares, dores, desamores... horrores!
Insatisfações, pressões!
Fingimentos... adequação imposta!
Uma vez na vida quero gritar: BOSTA!
Sou humana!...
Estou cinza!...
Ainda bem, que não estou preta – nada contra,
amo o preto e o vermelho –, O meu escrever concerne ao fato,
de que o cinza é neutro... É bom receptor!
De cores várias: fortes, amenas, é base, é fundo!...
Implica que: embora cinza... posso voltar a viver!
Aguardo o amanhecer...
EstherRogessi.Prosa Poética: Cinza.Luso-Poemas.
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