Quero meia dose de Alzheimer
E uma cápsula de amnésia,
Quero esquecer o que é isto,
Desisto,
E ao fim de algum tempo
Insisto e persisto em voltar a caminhar,
O tal caminho onde de novo irei tropeçar,
Quero absinto puro de pilão,
Quero pensos para o coração,
Quero-te muito mas foges e corres
Até não te ter mais na mão,
Vais para longe, cada vez mais,
O caminho de ida é o caminho de volta,
São iguais,
Mas o que levaste não devolves
Se é que alguma vez o pegaste,
Pois eu sinto o peito quase cheio,
Um bocado acima de meio,
De tão pouco que ganhaste...
Perdi sem solução,
Mas conheço outra canção
Que agora irei cantar,
A do tempo que cura
E a de quem espera sempre alcança,
Pode ser que apareça alguém
Que se queira juntar a esta dança,
Recomeço assim com esta esperança.
Obrigado a tudo o que me inspira.