Corta as nortadas o fumo do cachimbo
Liamba da alma feita ar
Desperta o chocolate negro da pele
Abafa a guerra e o fel
É a saudade errada dos sabores errados
Um cheiro de vapor e sabor a coco
Um grão de areia do Lobito
Um sabor de cachimbo que sabe a pouco
Um mar que dá o dito por não dito
Corta o vapor a casa do homem e da impala
Derrama-se na savana a saudade
E os livros de infância
Que carrego na minha mala
Mais que pouca-terra
Vejo muita terra e pouca fala
Fere o cachimbo o sol e o mar
Fere o sabor que é meu
Por terras e mares e savana
Ditadas por Bartolomeu
E vencidas por Gama
És tu quem me fez
És tu quem me chama
Escrito em Durban - África do Sul (28/07/2009)