Vagarosamente o tempo lá segue o seu curso,
sem interrupções de maior…
a não ser, que um repentino vento,
lhe altere o passo,
a cada novo movimento
das folhas,
que nas árvores, se vão manifestando,
tocadas inesperadamente, a barlavento.
Senhor, da vida, o tempo, mal
tem tempo, para ser tempo…
mas se corre um rio, pedra sobre pedra,
em seu caminho natural,
como as estrelas, no alto firmamento,
orientando o compasso das águas,
é do tempo o complemento,
e tudo está certo, num tom bem original.
Como a areia de uma praia, efémero
é o tempo…
pois quanto mais precisamos dele,
menos solicito se mostra,
e no vai e vem das ondas,
levado pelo mar adentro,
fica-nos a dúvida, o medo, a insegurança
e um imenso desalento.
Fantástico de se ver, é o tempo das
coisas e dos animais…
enquanto as coisas, são a duração,
da importância, de nosso entendimento,
já os animais têm todos um processo,
diga-se, bem intimista, com o tempo,
quer por alturas da hibernação,
ou no dado momento de um acasalamento.
Já o tempo para o Homem, tornou-se
numa visão, de amedrontamento…
onde um dia será deixado ao abandono,
a meio da destruição e
de toda a poluição, que fomentou,
como único intento,
de satisfazer sua pessoa e extrema ganância,
aos poucos morrendo, sem argumento.
Jorge Humberto
25/07/09