Poemas : 

Verticalidades

 
Nego com veemência esse olhar,
Acusador, reprovador... compreensivo,
Ouvem-se agora as harpas a chamar.

Entrego-me à preguiça e ao mal,
Sentado aqui... no fim do mundo.
Travessos pensamentos que acolho
Ornamentos que me enfeitam ao fundo,
Urros de uma besta abissal.

Oro aos Deuses que não me querem,
Nasço e renasço das cinzas do passado,
Das vaidades dos outros que me ferem.
Expressivo este não em mim espetado.

Quatro paredes sem janelas,
Um caminho para cada destino.
Embalem-se as cores espirais,
Recordem-se nos olhos de um menino.
Ovem-se mais tiros nas favelas.

Escuto segredos atrás da porta,
Sem entender seus objectivos
Tremem-me as mãos com o medo.
Atrevam-se a ficar vivos,
Recusem essa vossa alma morta.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/06/2007 16:52  Atualizado: 10/06/2007 16:52
 Re: Verticalidades
A vida é constantemente vertical.
Não nos podemos deixar ficar entregues a esse pesar que nos incomoda no meio de quatro paredes, pois, isso é mau para que nos libertemos, e inviabiliza a permatura conquista de metas para a nossa Vida!

Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 10/06/2007 18:26  Atualizado: 10/06/2007 18:26
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: Verticalidades p/ Alemtagus
Querido poeta

O fim do mundo pode ser
interpretado de várias
formas gostei desta que
você descreveu...
Sentado no fim do mundo...

Beijinhos no coração