Ai triste destino...
partes desiguais
em amantes sem demais
silenciados de olhares
sobre a noite das escolhas
recolhendo luzes disformes.
Ai triste destino..
em partida de sonhos perdidos
madrugadas enigmas...sem palavras boémias
sem conhecimento de janelas abertas
à noite que transcende o dia.
Ai triste destino...
mísero sobre os ombros
lago distante, guardador de bocas
tecido fino de junco
sibilante nas mãos do agora
sem saberem o rumo dos tempos.
Ai triste destino...
que recomeça a cada dia
notas transparentes feitas baladas descida noite
recolhendo os lados dos abismos.
Ai triste destino...
retrato de cavaleiros
centelhas de princípios...
sem fim a descortinar!
Eduarda.