Poemas : 

Sexta-feira à noite

 
Tags:  Bento  
 
De copo na mão
vejo-te chegar,
agarra-me, minha paixão
que não quero incomodar.

Não te querendo perder
fico sentado,
dança para mim
que eu fico apenas assim.

E num leve soprar
deito palavras ao vento
limpas e apuradas
em todo o meu pensamento.

Palavras do tempo
que a vida não esquece
deixa-as aqui frias
que o nosso corpo a aquece.

Um poema que tenta cantar
sussurrando-me baixinho,
ensina-me a falar
em papel, parede, por este longo caminho.

 
Autor
miguelben
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Texto
Data
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1929
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