Sais de casa
de mão abandonada,
segues assim com a tua graça
na rua, caminhando na calçada.
De vestido vermelho,
passas despercebida ainda
aos olhos de um velho,
que se inspira ao ver-te linda.
Segues então sozinha
e de cara levemente pintada,
chega-te perto de mim
e sem falar beija-me calada.
Em palavras borradas na parede
descrevo o amor como o é,
escondo-me, quando a tristeza bate,
e assim caiu de pé.
De pé a teu lado
não te deixo abandonada assim,
pelos teus lábios sou tentado,
e de mão dada, damos mais um passeio no jardim.