O cantar das árvores descansa,
Embala-me a mim o bem e o mal
E eleva-me o espírito ao infinito,
O dia adormece e a noite avança
Olho o passado que está perto afinal,
Sinto-me bem neste sonho bonito.
Recordo-me de ontem, rebelde infância,
O dormir enrolado no regaço de minha mãe
Tocado pelo calor intenso de sua mão...
Tempo que alargas a distância!
É este o futuro que se me impõe?
Misto de alegria, de solidão...
Leva-me! Leva-me na tua história
A que carregas com jardins e flores
De todas as cores, graciosas.
Traz-me de volta a memória,
O lembrar todos os meus amores,
As Primaveras viçosas.
Encandeia-me com esse olhar
Que enfeitiça e enlouquece...
Dá-me paz, faz-me forte,
Tira-me das ondas revoltas deste mar
Que afoga e entristece.
Entrega-me à vida, à sua sorte.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma