Enquanto, os nossos homens e mulheres,
se conformarem com o pouco, que é quase nada
ou menos que migalhas…
enquanto, maltratados sejam, como coisa que
se deita fora, em toda a sua inutilidade,
pelos vários e consecutivos governos…
enquanto, pela retórica e mentira, se deixarem
guiar, através das magnânimas campanhas, de políticos
sem escrúpulos, que tudo fazem para calar a boca do povo…
enquanto, não vier a coragem, de sairmos à rua e
arriscarmos, decididamente, por um novo ponto de
viragem e inumar os mortos, que por aqui têm abundado…
e gritarmos para todos ouvirem, que estamos cansados,
de que brinquem connosco, retirando-nos todo o valor,
como pessoas, protegidas pela carta dos direitos humanos…
então, meu povo, enquanto tal persistir e pela omissão
se ficarem, agarrados a supérfluas riquezas, que se esfumam
do nada, sereis sempre, mas sempre, vossos próprios escravos…
Jorge Humberto
20/07/09