Ergues os braços a uma vida, uma passagem
O horizonte esbate-se ao fundo um tanto difuso
Caminhas de costas curvadas ao sabor da aragem
Não entendes a razão do cansaço, tudo é confuso
Porque nasces, se amanhã pelo raiar da aurora morrerás
Envolto na névoa esgaça dos sonhos encobertos
Porque ris, se antes do dia acabar, chorarás
Socalcos na alma em sangue e dor abrirás
Agora, tal como ontem o mistério permanece
Talvez seja essa a chave da existência
Bendito daquele que sem duvidas adormece
E eu tenho tantas, e tantas reticencias
Caminho, caminho a resposta me foge
Será que está na duvida, a resposta ás angustias
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...