Poemas -> Reflexão : 

POEMICÍDIO

 
 

Comer o papel escrito denotativamente
É processá-lo usando a máquina do metabolismo
E o expelir do organismo,
Através do reto,
Para que aflua ao caminho dos demais dejetos.
Ah, com o perpasso do tempo,
Á mãe NATUREZA regressa
Como o fecundo adubo qual alimenta a terra.


Degustar as letras,
Metonimicamente,
É disparar a tinta:
Bala da ferina lufada de fricção
Ao verso dirigida.


Pranto do meu pranto
É quando o gosto do meu fel
planta e derrama
lágrimas da minha errância, culpa que sangra o réu!


Afinal,
Assassino o meu filho;
Assassino o fragmento mais querido da minha ilha;
Assassino minha lavra:
Dando cabo do meu poema
Pois, assim, aplaco a raiva.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA











SOU NATURAL DA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA. NASCI EM JUNHO DE 1982.
NA VERDADE, SOU UM MENTECAPTO QUE TROPEGA PELAS
ALAMEDAS DA POESIA.
http://twitter.com/jessebarbosa27
http://www.myspace.com/nirvanapoetico
http://poetadorjesse.zip.net/
http://si...

 
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jessébarbosadeolivei
 
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Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 20/07/2009 14:19  Atualizado: 20/07/2009 14:19
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Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11099
 Re: POEMICÍDIO
Jésse,
Há sempre uma tendência mórbida, mas humana, para destruir o que nos está mais próximo e mais amamos. Pode ser atingir uma pessoa com palavras ou o objecto da nossa poesia.
Bj
Nanda