Poemas : 

ALUSÃO À FEMINILIDADE

 
ALUSÃO À FEMINILIDADE

Mulher essência do que é divino,
missionária da felicidade.
Mulher tão macia quanto linho fino,
uma presença que alegra toda a cidade.
Companheira, amiga e honesta.
Água que a mata a sede daquele que a tem.
Existe aquela que para os molhos é uma festa,
quando não maltrata faz bem.
Mulher teorema não utilizado na Matemática,
mas usada e aclamada nos cálculos da vida.
Excelente quando carinhosa, terrível quando apática.
Sempre necessária nunca suprimida.
Mulher um poço de infinitas recordações,
sangue que corre nas veias, vasos e capilares,
tão forte que chega a alterar corações.
Mulher a que é boa, nunca tem similares.
É o complemento que falta para suprir as energias
É o cálcio do osso, a vitamina na gripe, o analgésico na dor.
Às vezes aborrece, todavia dá alegrias.
Tão meiga quanto uma flor.
Nasceu, cresceu, amadureceu e chegou.
Na hora certa, no dia exato, na noite alegre.
Viu o homem, deu-lhe a mão e o amou.
É uma pena que fosse tão breve.
Mulher reúne virtudes, carências e mágoas,
Ilusão, alegria e tristeza.
Estância mineral, fonte de águas,
E ainda possui beleza, zelo e sutileza.
Mulher tão linda que é uma preciosidade,
mas nestes termos falada
será sempre uma raridade.
Por isso terá de ser amada.
Mulher que intensamente afaga no leito.
Com carinho, ternura, amor e vontade.
Também alimenta seu filho no peito.
Pura e com sinceridade.
Mulher amor, que ninguém a temem.
É a alegria que me faz dizer
que com confiança e fé faço dela meu leme
sem ela de que adianta viver?
Mulher é o elétron oitavo que completa o octeto
É o zero que se acrescenta à direita.
Seu resultado é sempre quadrado perfeito.
Quando bem amada fica satisfeita.
É a rua pela qual se foge ao trânsito louco,
Acelerador do meu carro em disparada.
Há gente que sobre ela fala pouco
Deixando-a triste e desprezada.
É esposa, amante e amiga
Não se deixa facilmente influenciar,
Nunca queira tê-la como inimiga
Nem queira vê-la sem falar.
Branca, mulata, loura, não importa.
Alta, baixa, magra, também não.
Desde que ela seja de uma casa: a porta
e de um braço: a mão.
É um labirinto muito grande.
Um túnel bem extenso.
Que Deus a comande
Dando-lhe sempre este bom senso.



JOSÉ CARLOS DE ARRUDA.

 
Autor
Camões-Carioca
 
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