Escrevo, só e simplesmente para me conseguir expressar,
Posso não conseguir os meus pensamentos transformar em palavras,
Acredito no entanto que os meus textos têm algo, quero acreditar,
São sinceros, cheios de emoção, aqui são as minhas dores libertadas.
Tudo o que escrevo sai do coração, nunca, jamais, da razão,
Tento tornar a complexidade simples, o complexo mundo de amar,
Suporto a dor que possuo, eterna, não chegando à conclusão
Do porquê do sofrimento que me corrói, impossível de imaginar.
O que me motiva, que me deixa feliz por não ser amado,
É isto, crua poesia, escrita não por mim mas através de mim,
São as lágrimas que ditam as frases, eu, mal-aventurado,
Não passo de um mero transmissor de mágoas, assim.
A sua presença faz-me chorar e ao mesmo tempo sorrir,
Presença nunca física, nunca o foi, nunca o será,
Os meus olhos têm dura missão: o meu amor encobrir,
Esconder o sentimento que coração meu sempre possuirá,
Pois esse, amargurado coração, eternamente a amará!