Sobre o vermelho intenso, que cobre,
toda a paisagem natural, de um deserto,
com o chão coberto, de um fino pó,
de cor ocre, assim seus penhascos e
montanhas, que, pelo bater, constante,
dos ventos, formam desenhos e figuras,
bastante originais, à mistura, com
monolíticos, enquanto algumas cavernas,
são atingidas, por redemoinhos, furiosos.
No entanto, se bem o notarmos, mesmo
neste espaço, quase lunar, existe vida,
acima da poeira, onde raiz, parece, não
ter, onde se fixar, e, grandes concentrados,
de erva, com sua cor verde, são como que
pequenos paraísos, para os poucos animais,
aí residentes, que se vão alimentando, das
folhas e das flores rasteiras, pois que, tudo ali,
é completamente dominado, pelo sol.
Naturalmente, conforme, a disposição do
sol, ao bater, nas montanhas e penhascos,
afastados uns dos outros, que, a sombra,
também prevalece, a espaços, e é então,
que nessa altura, os animais, saem de seus
esconderijos, procurando um pouco do
fresco, momentâneo, e, assim, brincarem
juntos, fortalecendo laços familiares,
embora atentos ao céu e às águias, vigilantes.
O céu encontra-se claro, suas nuvens brancas,
como algodão. E, possivelmente, estarei,
algures, a meio, de um, de muitos, desertos,
australianos, pois que, a paisagem, me é,
familiar. Fascinado, com a sabedoria indígena,
do povo destas terras, a que chamam, de
aborígenes, é preciso muito amor, realmente,
na preservação de suas raízes e raros costumes,
para se viver, em condições, tão adversas.
Jorge Humberto
18/07/09