Carregas nos ombros,
um fardo que não pediste,
carregas na tua alcofa,
desdita que não pariste.
Curvada sobre ti mesma,
não dobrada na tua sina,
hás-de vencer a batalha,
hás-de vencer, destemida!
E vais-te livrar do fardo,
da vida que agora carregas,
da servidão da fome
e da injustiça que renegas.
A enfrentar a multidão,
seguirás de punho em riste,
e da tua servidão,
para sempre te libertares
e na alcofa só carregares,
os filhos que tu pariste.
Quisera eu ser poeta
Quisera eu ser pintor
Escrever telas e pintar poemas
Escrever, pintar, pintar,escrever
A humanidade com muita cor