Poemas : 

Monocromia Política

 
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Monocromia Política


Ele era tão torto do avesso,
Avesso ao direito em excesso!
Tão viceralmente expresso,
Um verdadeiro ex professo,
Na arte do insucesso!

Inconfesso desviado,
Com pregresso desvairado,
Um processo acobertado

De regresso na cidade,
Progresso na sociedade,
Revesso a posteridade

Arrancou-se do recesso,
E num súbito retrocesso,
O avesso entrou em plesso,
A tara o fez egresso,
Das profundezas digresso,
Do que pregava em confesso.

Mostrou-se em essência, compresso,
Da decência um bregesso,
Roubou, infectou qual abcesso,
Enlameou o Congresso:
Saiu no Repórter Esso.

Eu, continuo no osso
Pois tamanho alvoroço
Botando o homem no cosso,
Virou nada, teve endosso,
Da casa que tem um fosso

A história virou missosso,
E ele ainda fala grosso,
Continua o cabolocosso...

Prá comer só tenho isso,
Que alguns chamam de troço.
_ Uma esmolinha, seu moço!

Brasil, julho de 2009.

Ilustração de Paula Baggio
Nanquim sobre Papel Canson
21x19

 
Autor
Paula Baggio
 
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Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 18/07/2009 09:40  Atualizado: 18/07/2009 09:40
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Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8112
 Re: Monocromia Política
Como sátira tem excelentes imagens. No entanto a rima em excesso e alguns erros ortogáficos desvirtuam o que poderia ser um excelente escrito. bjx