A água fertiliza a terra e funde-se
com ela. Principia o Ser
Nasce
e desenvolve-se do seu espaço
interior.
Aqui tudo se inicia
Dele nasce o amor.
Fecunda-se o centro. O fogo fere
o ar que aquece.
O seu seio antes de sombra
feito já não arrefece.
Agora tudo é luz e cresce.
Invade o centro o sol do saber
que dele nasce e irradia
e faz-se mulher.
Terra e água em eterna aliança.
Mulher–irmã mulher–amante
mulher somente.
Seio onde me acolho
e adormeço
em segurança.
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dedicado ao poeta deste site José Manuel Brazão, pela singeleza da sua escrita
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escrito sob o pseudónimo Miguel Faia, do projecto "o íntimo da palavra"