Poemas : 

BEIRA-AMOR

 
Em desalinho constante
afago todas as lágrimas
como algo inevitável
que me corrói todo o ser.

São águas lavadas na Lua
mar profundo que as acolhe
perdão deitada no meu colchão
feita vaga em tempestade.

Vejo as brisas temperadas
intempérie de sentidos
sinónimo dum cosseno
desenhado no sentir.

E nesta razão de loucura
que me tortura o afago
clamo os céus e os demais
para acordar o sereno
brotado à beira-amor.

Eduarda









 
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eduardas
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Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 16/07/2009 23:06  Atualizado: 16/07/2009 23:06
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 Re: BEIRA-AMOR
Está bonito, não é muito original mas está bem escrito e com bom gosto. Uma construção honesta e suave, solta de rimas (o que lhe dá um toque de frescura) e, acima de tudo, com uma escrita muito correcta. Em todo o texto só falhou um acento (na "intempérie"), o que é de ressalvar, visto haver pouco cuidado nesse ponto, nos tempos que correm. Gostei.

Valdevinoxis


Enviado por Tópico
poesiadeneno
Publicado: 18/07/2009 13:06  Atualizado: 18/07/2009 13:06
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 Re: BEIRA-AMOR
Eduarda,

Adorei este seu poema.
Versatilidade não lhe falta.
Não perca esta sua capacidade de nos transmitir um mundo,onde a emoção é rainha.



Beijo.