E, sim! Este é o mundo, brutal e miserável!
Onde cada um, de nós, há muito, deixou de
saber, se vivo, regressará a casa, depois,
de mais um dia, de imenso
trabalho, ou de sua escola, tomando caminho,
de seu lar.
Em cada esquina, cheia de verdete e de doenças,
alguém planeia a tua morte,
como coisa, que se deita fora…
e o tiro é cego, deitando por terra, quem não
mais pode reagir, ante o animal receoso,
que só avança, quando, sem vida, do outro lado,
cessaram, todas as manifestações, de existência,
que, qual besta,
pudessem vir a fazer frente, ao assassino.
Completamente alucinados, pelas drogas,
estes monstros, tornaram-se insensíveis, a tudo
e a todos. Matar é agora parte inerente,
de seu dia a dia, e, suas pulsações, no acto, de
um assassinato, não mostram, qualquer tipo,
de alteração… virando costas,
à vitima, brutalizada e sem honra, até a sua
personalidade, lhe é suprimida,
pela indiferença total, com que, o criminoso,
abandona a cena do crime,
sem que, por um momento sequer, lhe
dirija, um último olhar, mostrando, dessa forma,
algum resquício, de humanidade.
Deixai-me, que lhes diga uma coisa: nascemos;
morremos… faz parte de nossa condição.
Agora o que ninguém tem direito, é de interferir,
perante o que só, à natureza cabe.
Jorge Humberto
15/07/09