À minha filha...
Tu és luz!
E brilhas sempre!
Nas manhãs de primavera
No auge do verão...
E quando o céu se encobre
com nuvens negras
ameaçando tempestades
Tu te ocultas
para deixar a chuva cair
e fecundar a terra
mas em seguida desponta gloriosa
iluminando a vida
Os momentos de escuridão
são os da noite em que dormes
pra te recompores
despertando a cada amanhecer
com energias redobradas
Brilhe sempre minha filha amada
Espalhes seus raios de luz
pelos cantos e pelos corações
E quando sentir que que teu brilho
pode ser ofuscado
pelas inteperanças do tempo cruel
me chame e eu estenderei minhas mãos
como uma ponte pra que
atravesses a noite densa
Um dia um anjo me permitiu acender
esta luz que emana de ti
e esta chama permanecerá
mesmo quando eu deitar
meu último olhar à terra
e o teu brilho não se apagará...
Eu, mãe
Menina do Rio