Nossa...
Aonde andas...
Aonde anda aquele fio de luz que iluminou minha adolecência conturbada?
Em meio as minhas tantas demencias, me dignificava, com atitudes silenciosas me calava...
Quase que acordava daquele sonho belo de volta ao pesadelo...
Todos os dias que estive em profundo devaneio
Tive a chance de mudar o futuro
Mas eu, era só um pássaro. Um pássaro em cima do muro...
Foram apenas poucos dias, diante de uma enorme história que não acabou
Foram esses poucos dias dessa história, os dias mais importantes para construí-la
se pudesse eu, pensar em cada segundo desta vida em que não pensei em ti, seria muito fácil, pois foram poucos
foram secundos loucos
que mudaram a razão do meu querer... construindo realidade onde havia sonho
Construindo vida, aonde havia vazio...
Poesia... tive que mudar o foco
Daria lugar ao belo e estonteante ato de viver
Nem que fosse numa crítica, desejando até morrer...
Tentava não contar "aqueles" segundos
e Seguia, com a ilusão das horas... sem sequer um lápso de memória
Essa era então a hora da discusão...
Eu contra Eu e minha luz no coração!
Como uma avenida que não tem fim para atravessar
Desviando de cada pancada que uma lembrança poderia me dar
Tentava fazer a travessia com atenção
Meditava como um monge correndo da tentação
iludia a ilusão, uma mentira sem razão
pra existir ou pra não ser
Um Labirinto escancarado, o qual se arreganhara para eu escapar
E eu segurava suas paredes e tentava me cegar
Tentava calar o silêncio, mas não parava de gritar
Tinha me esquecido que depois que acordei
Do sonho belo que vivi e pro pesadelo voltei
Estava tão só...
Nem deu pra perceber
Que ali ao meu redor não havia ninguém pra me erguer
pra lavar o meu rosto com seu amor
e me fazer acreditar
Que era só questão de tempo
E tudo iria passar...
Hoje, penso tanto sem querer e quero tanto não pensar
penso tanto sem querer e quero tanto não pensar...
Penso tanto sem querer...
quero tanto não pensar...