Poemas : 

A morte do guerreiro

 
Hoje quis ser guerreiro
marchar contra o vento
e de armas em punho
cerrar os dentes
e combater, combater.
Mas o meu émulo
de tão transparente ser
tornou-se invisível
desaparecido e misterioso.

E a força cresceu em mim
o meu corpo musculou-se
alimentado do torpe desejo
de sangue e dor
cegando o meu redor
em marcha quis ser guerreiro
a tempo inteiro
sem pavor nem misericórdia
nesta guerra sem igual.

Hoje quis desbravar o meu íntimo
e na pele de guerreiro – sem armas
entendi o pensamento
esse émulo distante e invisível
e a guerra acabou com o guerreiro.



Escrevo…para libertar as personagens que não consigo Ser!
________________________________________
http://catalogoluademarfim.blogspot.pt/

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Autor
Paulo Afonso Ramos
 
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Enviado por Tópico
Andy
Publicado: 15/07/2009 23:30  Atualizado: 15/07/2009 23:30
Membro de honra
Usuário desde: 01/08/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 1998
 Re: A morte do guerreiro p/ Paulo Afonso Ramos
"Perco-me perdido nas batalhas da Alma!"
são sempre as mais dificeis de travar...

esta tua, descrita, num excelente poema.

abraço,



Andy

Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 16/07/2009 12:30  Atualizado: 16/07/2009 12:30
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11099
 Re: A morte do guerreiro
Paulo,
Luta sempre, amigo, com as armas que trazes na alma, a pureza de coração e o poder da palavra.
Bj
Nanda