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Navio-Fantasma

 
Por entre as frias brumas de agosto,
Apareces carregando tua carga funesta!
Imponente!...Em silêncio...Tão morto!
Pelos mares - à deriva -, navegas...

Acorrentados!...Seguem meus sonhos contigo,
Encerrados lá no fundo do porão!
E riem como loucos um desvairado riso,
E perdidos pelas noites vão!

Estás condenado pelos mares a vagar!
E nas noites sombrias, sem estrelas!...Tão frias!
Navegas à deriva, sem nunca parar!

O bramir da tempestade meus gemidos sepulta!
E enquanto as ondas se elevam com fúria!
Navegas perdido, nas minhas loucuras!

(® tanatus - 28/03/2004)
 
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