Contos -> Romance : 

DUVIDO II - O ENCONTRO

 
É chegada a semana, Ana e Marcelo se mostravam ansiosos. Ana mal podia mais trabalhar e a todo tempo se via no tempo de estar junto de Marcelo. As 10h00minh chega a São Paulo o avião que trazia Ana. Marcelo já se encontrava no setor de desembarque, quando então se veem pela primeira vez. Os olhos brilharam, os corações dispararam. Para ele um somatório de ânsia e desejos para ela, o começo de novas possibilidades somadas ao medo.

Abraçaram-se como se conhecidos fossem de muitos anos, Ana pediu descrição por conta da sua condição de casada. Saíram rapidamente do aeroporto no carro, Ana se mostrava nitidamente encantada com que via. Marcelo sempre muito simpático e brincalhão comentava: Isso não está certo, você fica daí só me olhando e eu aqui tendo de ficar prestando a atenção no trânsito e ambos riram.

Marcelo diz que iriam pra uma cidade cerca de 200 km. Caramba, mas porque tão longe, não poderia ser mais perto? Ele explica que o lugar escolhido era Capão Bonito, um lugar tranquilo de cachoeiras e comida boa e que ela não ficasse constrangida, pois, estariam ali para se conhecerem e que nada, nada mesmo aconteceria se não fosse da vontade dos dois. Ana riu, mas, logo capão? E riram mais uma vez.

Chegaram a tal cidade por volta das 13h30min. Para que não pareça nada forçado ele a convida para almoçar e almoçaram a comida mais gostosa de suas vidas. Um restaurante simples, onde a comida fora temperada com olhares, sorrisos e um tanto de nervosismo da parte de Ana, que aos poucos ia certificando-se das atitudes e intenções do Marcelo para ir se soltando e apreciar cada vez mais a comida e a sobremesa que Ana escolhera, mas, que nem aguentou comê-la toda.

Depois foram dar uma volta pela cidade e como já se passava das 16h00minh, decidiram procurar a pousada onde Marcelo havia feito reserva. Era uma pousada afastada, aconchegante, quando a dona Hermínia proprietária da pousada foi mostrar o chalé, Marcelo entra e senta na cama, dá uma balançada, Ana rir, porque ele havia dito anteriormente em tom de brincadeira para ela que, o mais importante de tudo era que a cama fosse forte! Ana se lembrou do comentário e riu quando Marcelo experimentou a cama.

Inesperadamente enquanto ele foi tomar banho, Ana talvez pelo nervosismo da viagem e em se sentindo cansada, troca de roupa, coloca um babydol e deita na cama cobrindo o corpo. Ao sair do banho, Marcelo estranha a atitude de Ana, mas, finge não ter observado nada e deita-se ao lado dela ficando um bem perto do outro a conversar.

Marcelo percebe vontades no olhar de Ana, mas quando se aproximava mais, ela o afastava com as mãos, depois de algum tempo, Ana parecia estar totalmente envolvida e certa de que não adiantava mais se esquivar de nada. Naquele momento todo medo saiu de sua mente, esquecera até que era casada e resolveu que se Marcelo insistisse não iria mais afastá-lo e assim, aconteceu o primeiro beijo. Foi um beijo longo e intenso, seguidos de abraços, corpos friccionados e um desejo que não tinha mais fim...

Ele retira de Ana, a parte de cima do babydol, beija-lhe os seios, ela não resiste e o abraça. Marcelo vai instigando, descendo os lábios pelo seu corpo, até que num dado momento as vontades de Ana, chegam a seu limite de espera e pede então que ele a possuísse. Marcelo continua a acariciá-la e ela continua pedindo, Marcelo então resolve fazer o que Ana parecia não aguentar mais e foi um orgasmo tão forte que pode ser ouvido por outros hospedes dos chalés mais próximos ao deles.

Não havia tempo que chegasse, não havia vontade que passasse entre os dois amantes e logo outros gritos de prazer foram ouvidos e depois mais outros. Já se passava das 21h00minh quando então resolvem ir até a cidade.

Muitos restaurantes com música ao vivo, num deles se apresentava um jovem cantor. Cantava músicas românticas, a noite fria e a comida servida em fogão de lenha faziam daquele lugar, o melhor lugar do mundo! Os amantes se servem, sentam frente ao palco, se deliciam com a comida, com a música, aquilo tudo parecia para ambos um sonho. Riram, brincaram e voltaram para a pousada faltando vinte minutos para uma hora da madrugada.

Na pousada naquela noite nenhum nem outro conseguiram conter-se e decerto incomodaram de novo alguns dos hospedes quase que noite inteira. No dia seguinte no café da manhã, eram visíveis os olhares de alguns hospedes quando o casal chegou para o café da manhã, tanto que ambos se sentiram constrangidos, mas de outra forma muito felizes.

A felicidade estava estampada nas faces dos dois, isso era tão intenso que chamava a atenção das outras pessoas, de quem os dois se aproximavam. Parecia um jovem casal em lua de mel, sempre agarradinhos, sorrindo, felizes de verdade!

No sábado pela manhã, passeiam por bosques floridos, no meio da mata deslumbram uma cachoeira linda com rio de correnteza forte, mas, que só em olhar já fazia bem a alma e se namoram por entre os bambuzais, brincam de pega-pega, terminando com Marcelo abraçando Ana por trás e ficam ali assim, parados por mais alguns minutos desfrutando de tudo, um muito!

Tinham pouco tempo e Ana com tanto tempo sem sexo, não se intimidou em dizer que queria voltar para pousada e por lá naquele dia, Ana se entrega como nunca havia se entregado a qualquer outro homem. Entendeu e se certificou que aquele era o homem de sua vida e que com ele viajaria para quais fossem as fantasias.

Antes do almoço saíram novamente para visitarem alguns pontos
Interessantes, algumas lojas e resolvem entrar para comer pastéis com caldo de cana que os dois adoravam. Ali o telefone de Ana toca
Marcelo percebe Ana um tanto desconsertada, depois de terminado o telefonema, ele indaga de Ana se era seu marido, mais desconsertada ainda, ela diz não conseguir mentir para ele e relata que fora o tal médico com quem ela havia saído certa vez para jantar. Marcelo tenta não demonstrar sua insatisfação, chamando Ana pra passear, visitam então algumas outras lojas para depois se dirigirem para um local onde haviam ouvido falar. Um restaurante a beira do rio onde a comida era daquelas de encher a boca d’água só com o cheiro dos temperos que vinham da cozinha e por ali, ficaram até o entardecer.

Antes da viagem planejaram que juntos iriam: Pescar,
Mergulhar em alguma cachoeira, andar a cavalo e dançar. Isso um
Prometera ao outro. Assim, ainda no sábado Marcelo procura pela cidade algum lugar onde pudesse ao menos ganhar de Ana a aposta que haviam feito (Quem pegaria o primeiro peixe). Em todos os lugares que percorreram as possibilidades da pescaria fora frustrada, mas, ficava cada vez mais visível de como as pessoas deixava transparecer, o sentir da felicidade do casal.


O domingo chegara por demais de pressa, os dois queriam e por que queriam pescar, como foram desencorajados a pescar nos rios da região, procuraram então endereço de um pesque pague de estrada e seguiram de modo por em pratica um dos seus desejos. Na estrada encontram um senhor carregando uma viola, andando a passos largos pelo o acostamento, perguntam para ele onde ficava o tal lugar de pesca.

O senhor explica que o lugar ficava próximo a igreja onde ele iria participar de uma missa cantando com seu violão e que se quiséssemos poderia nos mostrar o lugar se o levasse até a tal igreja. Ana ficou preocupada achou estranho dar carona a um desconhecido na estrada, mas, Marcelo explicou que nessas cidades de interior era comum dar-se caronas e foram brincando com o tal senhor.

Chegando próximo a igreja, foram informados que o tal açude pesqueiro havia sido desativado dias atrás. Por alguns instantes mostraram-se tristes, mas a alegria das pessoas simples que chegavam para a missa contagiaram tanto o casal que, resolveram ficar para a missa.

Algo diferente estava acontecendo naquele lugar. Um lugar pequeno
simples e ao mesmo tempo sentiam que se tratava de um templo onde se cultuavam a sinceridade, a simplicidade, a verdade, sobretudo, a alegria. Nunca nenhum nem outro havia estado ou se sentindo do jeito que se sentiram naquela igreja. Parecia que estavam celebrando uma festa, a festa daquela união, daquele encontro que mesmo às escondidas mostrava toda força do amor entre os dois.


Depois da missa, voltam à pousada se amam muitas outras vezes, almoçam e Marcelo consegue enxergar alguma tristeza no olhar de Ana, percebe que é por conta da chegada da hora da despedida.
Indo para o aeroporto o carro parecia não querer chegar, tanto que outro carro ao ultrapassar o carro onde o casal seguia, um dos ocupantes coloca a mão pra fora, fazendo o gesto de manivela, isso fez com que Ana por um instante risse um bocado. Ana segue maior parte do tempo entristecida e calada, para entretê-la Marcelo começa a cantar provavelmente a música que traduzia o que eles estavam sentindo

"Você é tudo pra mim é mais que eu esperava baby... Ana desaba a chorar, diz pra Marcelo que não quer perdê-lo que está o amando como nunca amou alguém na vida e vão até o aeroporto cantando a mesma música, ... Não, não vai embora... baby, você é tudo pra mim!

No aeroporto depois de se despedirem Ana fica na fila de embarque, olhando pra trás na tentativa de ver Marcelo e mais uma vez e o vê, por que ele dá uma volta no estacionamento do aero porto e passa com o carro bem em frente à Ana, só para poder vê-la de novo. Ambos acenam e Ana volta para o Rio de Janeiro.

Combinam que aquela não seria a ultima vez que iriam se vê. Ana diz que queria muito vê-lo de novo e combinam também que ela não iria deixar o marido por conta daquele amor e ele continuaria com sua namorada, que na verdade, Ana ficara sabendo que era mais que namorada, era mesmo alguém que Marcelo vivia junto há algum tempo.

Próximo capítulo (O RETORNO)


 
Autor
PCoelho
Autor
 
Texto
Data
Leituras
853
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.