Amor é cego
Como sofrimento sofrido.
É luz que me abre os olhos
Entre nuvens que o Sol tapam.
Espetar na cruz mais um prego
Varado na carne num corpo moído
Lágrimas ao ouvir os choros
De mães que os filhos velam.
Uma mão em que pego,
Um cadáver caído,
Rostos disfarçados,
As crianças que abalam.
Na morte navego,
Neste triste limbo perdido
Pejado de almas de outros tempos
Que procuram novas vidas, imploram.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma