Jovem bem constituído e bem formado,
que, em sua curta vida, ao trabalho
nunca se negou, como de seu muito amor,
a ninguém deixou, de o mostrar,
constantemente, por seu gesto, enobrecido
e honrado, quer à sua querida mãe, que
amava, assim a sua família e amigos,
que abundavam, garante de sua bela
personalidade e disposição, para aceitar
todas as pessoas, de igual modo, sorriso, nos
lábios, qual menino grande, viu-lhe roubada
a vida, por um assassino, sem piedade,
que, de arma em punho e à queima-roupa,
de forma cobarde, lhe desferiu, dois tiros
certeiros, indo-se alojar, fatalmente, no
seu coração, deitando-o por terra, desfalecido.
Rafinha, como carinhosamente, por todos, era
tratado, ali no chão, jazia e agonizava, qual flor,
arrancada à raiz, no fruto de sua tenra idade, e,
por momentos, na noite cerrada, uma luz intensa,
surgiu, vinda dos céus, iluminando o corpo, de
seu filho dilecto, levando-o com ela, para os braços
eternos da paz, onde violência, não existe,
somente compreensão e igualdade, entre todos.
Então mãe, querida, não sofras, que teu filho, achou
a paz (de maneira trágica, bem o sabemos), mas,
minha, mãe, o caminho, de cada um, há muito está
traçado, por mais incompreensão, que lhe achemos.
Porque nos teus olhos, hão-de ser sempre os meus,
quem espreita, por eles, e, de cada vez, que tocares,
o teu cabelo, mãe, sou eu, quem o estará, acariciando…
E em noites frias, de inverno, em teu sono,
porei agasalho… e em teu rosto, um beijo de amor.
Boa noite, mãe, amada! Estarei sempre, a teu lado.
Jorge Humberto
12/07/09