Todos já chorámos a perda de alguém que tanto amávamos, mas sabíamos que essa pessoa só morreria quando a esquecêssemos.
Todos já lutámos por algo que queríamos, mas não precisávamos.
Todos já sentimos a solidão bem de perto, mesmo rodeados de gente.
Todos já fomos desiludidos sem querer, mas também fizemos sofrer, desiludindo.
Todos já fomos bons e maus, lutadores e cobardes, felizes e infelizes, mas acima de tudo perguntadores, curiosos.
Porém, há uma pergunta que nem todos nos fizemos ainda: qual o verdadeiro sentido da vida?
Quem nunca pensou nisto, talvez ache que não existe um. Mas aqueles que o fizeram – grande parte deles – não sabem responder. O mistério permanece impossível de resolver, portanto. Eu, porém, respondo com mais uma pergunta:
Quantas vezes só descobrimos a verdadeira lição que uma história nos quer ensinar quando chegamos ao fim? A resposta é: nenhuma, praticamente. Tudo tem um princípio, um meio e um fim. Cada uma das fases tem o seu propósito, seja para nos ambientar no seu mundo, conhecer personagens novas ou desenvolver laços que nos marcam. O fim de uma história, em particular, tem um significado muito específico: fazer-nos pensar no que já aconteceu e aprender com isso.
E assim é a nossa vida, uma história vivida por nós em que só vamos aprender o seu verdadeiro significado já perto do final. Um dia, muitos de nós vamos olhar para trás e sentir que não fizemos nada do que desejávamos; escrevemos mal a nossa própria história. Nessa altura sentiremos o mundo a abater-se sobre nós, a culpa que nasce, a lágrima que cai e a raiva que desperta.
Outros, pelo contrário, morrerão orgulhosos por terem tido uma vida cheia de significado e expressão na qual realizaram os seus sonhos, fizeram pessoas felizes e, no geral, também o foram. Em cada uma das fases aprenderam aquilo que deviam, e agora não sabem tudo, mas sabem mais. Esses, sim, aprenderam o verdadeiro sentido da vida:
Vivê-la desde o inicio para sentirmos orgulho no fim.
E é assim, com o fim deste texto, aprendemos a lição que pode, facilmente, mudar a forma como vemos as coisas.
Resta saber:
Qual dos dois tipos de pessoa seremos nós, no final?