Sexo:
Os animais:
[Mulher fogosa com bunda grande e boca gulosa. Faço anal, oral, vaginal. 25 anos. Me liga!]
Ele liga. Encontram-se. Estão juntos no:
[Motel Barão. Canal 3. Per noite: 10 reais. Uma hora: 3,50. Temos ventilador e café da manhã!]
[Quarto 103. Ventilador ligado.]
[Temperatura: 34 graus.]
O macho tira a roupa. Pelos pubianos raspados. No pênis está escrito: "torneira do amor."
A fêmea sorri, abocanha, tem realmente a boca gulosa.
A torneira do amor permanece apontada em direção ao chão.
O macho senta na cama e chora.
A fêmea, que entra no cio apenas durante o período monetário, sorri, desliga o ventilador. Vai tentar novamente, não é todo dia que tem ração.
Bebedeira
[O pai:] 1,66m., 68k. Crânio alongado, mandíbulas volumosas, orelhas desiguais, falta de barba.
[O filho:] 1,68, 70k. Crânio redondo, dentes mal conformados com precoces caídas nas formas mais graves.
[A mãe:] 1,62, 82K. Crânio alongado. fisionomia viril, ângulo facial baixo.
Abre a porta. Vê o filho.
O filho vê o pai.
O pai olha para o filho.
O filho com o dedo em riste, olhando na direção do pai dispara;
"Sua bicha fodida! Espero que tu se foda por aí, quer chegar aqui esculachar todo mundo, todo o dia? Filho-da-puta do caralho. Minha avó e meu avô foram dois filhos-da-puta, dois grande filhos-da-puta! Filhos-duma-puta que conseguiram colocar um merda como tu no mundo. Filho-da-puta!
O pai soletra:
"F-o-d-a--s-e o m-u-n-d-o!"
A mãe morreu, há dez anos.
Poesia:
"Não tem poesia lá no finalzinho do cu"
"Por que você num senta no meu pau e faz au au?"
Deu a descarga, a merda escura desceu deixando marca no vaso, parecia que até tinha braços.
Não deviam cobrar para usar o banheiro nas rodoviárias da capital, ele pensou enquanto lavava a mão com o sabão verde que escorria com má vontade da saboneteira.