Por entre choupos, pinheiros e algumas outras
árvores, completamente despidas de folhas,
delimitada, pelo emaranhado, de ramos, a nossos
olhos, mais ao longe, ergue-se a silhueta sombria,
de uma montanha.
E no que seria um jardim, com pessoas passeando,
de cá, para lá, ou nos bancos, com uma mesa, se
sentando, conversando, entre elas, somente uma
jovem, sozinha, parece ter-se resignado, ao
frio da manhã e à nudez, que a circundava… pensativa.
Não por uma adivinhação qualquer, que fiz referência,
como estando fria, a manhã, apenas porque as roupas, da
jovem, assim me o disseram.
Com todo o jardim, ao seu dispor, no banco, de madeira,
por si escolhido, repentinamente, sua cabeça, foi pendendo,
para um dos lados,
diria que, para suportar, imensa tristeza, que sua
alma, não entendia… num misto, de pena.
Se por respeito, pelo sofrimento alheio, em todo o
redor, pássaros não se ouviam, e, as árvores, estavam
estranhamente quietas.
E ali ficou a nossa jovem, de tudo e de si mesma,
isolada, cabeça pendida, para o mesmo lado,
imersa em pensamentos, que bem se percebiam,
doídos, no corpo frágil e pequeno… atraiçoada
por uma mente, que, alguém, ousou corromper.
Jorge Humberto
10/07/09