Iolanda Neiva
(muitas vezes falo só para mim,
e escrevo para que alguém me ouça)
Um barco navega num mar sem rumo
um barco se deixa guiar pela maré
e eu, agarrada a ti José!
terra não vejo.
nem posso molhar o pé!
Que medo sentir baloiçar,
ondas misteriosas estas!
ninfas perdidas, encantadas,
outros são bestas!
E choro pelo luar que se adivinha,
longe se encontra a manhã,
canto desalmada canção minha...
José de espirito, ficticio o nome.
imaginação presente, qual barco?