Cantar triste e magoado,
Esse teu cantar dolente...
Com os olhos no passado
E esperança no presente.
Cantar triste e magoado,
Com a mágoa no teu peito...
Com a enxada ou cajado,
Tu não tens mais outro geito...
Cantar triste e magoado
Com a marca do sofrimento...
Cantar calmo e repousado
Como quem solta um lamento...
Cantar triste e magoado
Que tu cantas com prazer,
Estejas ou não folgado
Em momentos de lazer.
Mas tu, que amassas teu pão
Com o suor do cansaço
Que cantas com o coração
O que te vai no regaço...
Tu, homem de bem
Que cantas essa tristeza
Confia! Tem fé no Além
Que um dia terás riqueza !...
MESMO QUE A SONHAR,
VIVE A VIDA E SÊ FELIZ!
VIVE O HOJE
AMANHÃ PODE NÃO EXISTIR!
Sociedade Portuguesa de Autores - sócio nº 116327