Socalcos abertos com a adaga do sarcasmo
Crueldade nas palavras que me engole
Faca rígida que corta o entusiasmo
Exalta agonia que lentamente me consome
Abafo o despeito da alma silenciosamente
Procuro na escuridão certo conforto
Olhando o escuro acredito copiosamente
O que escrevo, sou eu em sangue que jorra morto
Vejo esvair-se a força que me mantém sã
Em cada gesto que fazes sem pensar
Em cada sílaba escrita pela manhã
Envenena-me a alma, trás consigo a incerteza
Manhã de nevoeiro que teima em me enlaçar
Se meus versos emudecerdes, em quem acreditar.
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...