Um homem vendeu o mundo,
Num bar debaixo do mar,
A outro, que se fez rei por um dia
E, parvo na vida que se lhe desfia...
Foi-lhe escrito um livro profundo
Repleto de canções de embalar,
Originais na simetria
De uma alma que se dividia.
Sem palavras de corte e sem corte,
Bajulações ou outras que tais sem sorte,
Enfadou-se de todas as teimosas baldas
E encafuou-se em panos de fraldas.
São existências ao lado da maioridade,
Activos passivos de conta corrente,
De relação que de verdade mente
E que em demãos raras cobrem a idade.
Será a regressão dos que regressam
À mama da mamã por falta ou precisão
Ou, simplesmente, coisa sem razão
Que nem de motivos aparentes rezam?
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.