Não há poesia...
Há apenas maresia
Aroma a mar... lastro da hora vazia
Não há poesia...
Há apenas um sopro
O primeiro passo em esforço do pequeno potro
Não há poesia...
Há apenas solidão
Na cisterna de gente...seu nome multidão
Não há poesia...
Há apenas sentires
No olhar perdido quando chega a tua hora de partires
Não há poesia...
Há apenas repetição
Das historias recontadas sempre em nova versão
Não há poesia...
Há apenas uma palavra
Metamorfoseada na forma que em ti se crava
Não há poesia...
Há apenas o frio
Quando o nada é tudo e o tudo é vazio
Não há poesia...
Há apenas o deleite
Na mãe que alimenta... derrama o seu leite
Não há poesia...
Há apenas a lua
Brilho da noite sobre a pele nua
Não há poesia...
Há apenas o sol
Beijo inebriante que arrasta o girassol
Não há poesia...
Há apenas vida
Na aurora que a ti e a mim nos é devida
Não há poesia...
Há apenas fantasia
Na mascara da tragédia, arcano da alegria
Não há poesia...
Há apenas o pó
Partículas de mim quando em mim me encontro só
Não há poesia...
Há apenas o fim
O cessar do melhor e pior de mim
Não há poesia
Há apenas o que somos e não somos
Sentires lavrados por um ou mil assomos
Porque no final... após o livro encetado tudo é poesia!!!
Beijos e Abraços
Das Chamas do Fénix ~
http://aschamasdofenix.blogspot.com/
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