Fui à praia, vi as ondas do mar.
...
E tão alegre fiquei com o doce cantar
Do evoluir manso, em perfeita harmonia,
Do quebrar na praia, em doce poesia.
E admirei, a considerar.
...
A singularidade banal de cada ondear,
cumprindo rigorosamente a lei das ondas,
Teorema ignorado por cada uma e todas.
Desconhecendo as da frente, ignorantes
das de trás, seguem-se umas às outras,
distintas, sem ideias mirabolantes.
Se fosse onda, também assim iria cantar....
E quão exigente é a procura. Aprender
a sabedoria de interpretar e conhecer,
e também sentir e emocionar.
Eu que não sou onda, sofro-lhe a sorte.
Ignorante dos da frente, desconhecendo
os de trás, e o seu conhecimento maior,
Impossível de ensinar.
Resta apenas experimentar
E a maturidade
instruir-nos a apreender.
Boa semana!
Garrido Carvalho
Julho '09