Na solidão do cemitério
Meu corpo muito estremece...
E quando a noite vem,
Tudo em mim esmorece...
Ó, e tento em vão esconder,
A dor que sinto aqui dentro do peito!
Ao ver o contorno suave...
A sombra!...O negro ataúde!
Que envolve o delicado,
Corpo de Janine...
Ó, que seus lábios eram rosados!
E eram mais do que vermelhos!
E eram mais do que encarnados!
E eram assim, como um tinto vinho!
E agora não mais possuem cor...
E vão cerrados pelo implacável pinho,
Que insensível com a angústia,
E o desespero meus,
Sequer me deixa tocá-los!
Para um último beijo de adeus...
(® tanatus – 26/02/2002)