Quando a chuva cai em lágrimas é por ordem e dos gritos de Zeus. Obedientes alinham no beirado das nuvens e precipitam em milhões de mergulhos. São pingos, setas, dardos que se espetam na terra seca. Algumas gotas, as mais experientes, abrem o pára-quedas e durante o voo assentam o pólen e o pó nos lábios gretados da terra. Pequenos dilúvios, escorrem pelos formigueiros formados nas pregas da pele. Penetram fundo, purificam as águas na medida que se enterram mais dentro, perdidas na Terra, as águas anseiam o carinho das argilas e o colo das rochas onde descansam e dormem… até que o sonho as leve por rios e risadas, desaguar no mar